quarta-feira, 11 de maio de 2011

HIV e Aids

Qual a diferença entre HIV e Aids?
O HIV é o vírus que causa a Aids, uma doença que prejudica as defesas do organismo contra infecções e outras doenças. Diz-se que a pessoa é HIV-positivo ou soropositiva quando ela tem o vírus, mas ainda não teve o sistema imunológico comprometido, coisa que pode demorar alguns meses ou alguns anos.

O HIV vai destruindo aos poucos a capacidade do corpo de se defender de infecções e certos tipos de cânceres. Quando as defesas do organismo estão baixas e a pessoa já está pegando infecções perigosas, diz-se que ela tem Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida). Geralmente, os primeiros sinais da Aids são pneumonia e tumores nos gânglios linfáticos.

Os sintomas aparecem quando o número de linfócitos auxiliadores (LT-CD4) cai abaixo de determinados níveis.

O vírus pode causar a doença rápido, ou então permanecer por anos no corpo da pessoa sem se manifestar. O único jeito de confirmar sua presença é através de exames de sangue.

O HIV é transmitido pelo sangue, pelo sêmen, pela secreção vaginal e pelo leite materno. Um bebê pode ser infectado pela mãe durante a gravidez e na hora do parto.

Hoje em dia, os chamados coquetéis de medicamentos anti-retrovirais (com distribuição gratuita pelo governo) conseguem, em muitos casos, controlar a carga de vírus no sangue, aumentando consideravelmente a qualidade de vida e as chances de sobrevivência, e principalmente reduzindo o risco de transmissão vertical (da mãe para o bebê) do vírus HIV.

Como o HIV afeta a gravidez e a saúde do bebê?
Mulheres que são HIV-positivo têm um risco maior de complicações na gravidez, como parto prematuro, restrição do crescimento fetal e de perda do bebê. O risco de complicações é maior em mulheres que estão com o sistema imunológico comprometido.

Há também o risco de transmitir o HIV para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Sem tratamento, o risco de a criança ser infectada é de 25%. O momento mais perigoso para a transmissão é a hora do parto. O fato de a mãe soropositiva estar com a carga viral elevada é o principal fator de risco para a transmissão do vírus para o bebê.

Com tratamento durante a gravidez, porém, o risco cai para menos de 2%. Entre as medidas a serem tomadas estão: medicamentos, monitoramento da carga viral, fazer cesariana e não amamentar.

O primeiro passo é seguir o tratamento à risca. O exame para detectar o HIV costuma ser realizado de rotina logo no início do pré-natal, e muitas vezes as mulheres são pegas de surpresa. Com acompanhamento médico, é possível em grande parte evitar a chamada transmissão vertical do HIV, ou seja, de mãe para filho.

Para mulheres HIV-negativo que não têm parceiro constante ou que correm risco, por fazer sexo sem proteção, o médico pode pedir um novo exame para detectar o HIV no terceiro trimestre. Nunca é tarde demais para iniciar o tratamento.

Como é o tratamento durante a gravidez?
Em primeiro lugar, se você já toma medicamentos para o HIV e acabou de descobrir que está grávida, não pare de tomar os remédios. A pausa no tratamento pode fazer o vírus ficar mais resistente. Procure seu médico infectologista o mais rápido possível para orientações e continue tomando a medicação.

Ao longo da gravidez, vários exames são feitos para determinar a carga viral (o melhor é que seja baixa) e a contagem de células CD4 (que são as células de defesa, portanto o melhor é que a contagem seja alta). Os resultados ajudam a determinar o tratamento com anti-retrovirais. É importante manter a carga viral baixa para que a mulher continue saudável e para reduzir o risco de transmissão do HIV para o bebê.

Dependendo da saúde da mãe, o médico pode preferir iniciar os medicamentos no segundo trimestre da gravidez, quando a formação dos órgãos principais do bebê já terminou.

É importante avisar o médico logo se os vômitos da gravidez estiverem interferindo na tomada dos remédios.

O que acontece na hora do parto?
A zidovudina (mais conhecida como AZT) é administrada à mãe, de preferência por veia, três a quatro horas antes do parto, para reduzir a probabilidade de transmissão vertical do HIV. É possível até pedir ao médico com antecedência a dose de AZT para ser tomada por via oral, para que a mãe não perca a chance de receber o remédio em caso de parto inesperado, em um hospital que não tenha o medicamento.

Dependendo da carga viral presente no sangue da mãe, é provável que o médico opte por uma cesariana. A cesariana reduz o tempo de contato do bebê com as secreções maternas, o que diminui o risco de transmissão do vírus. O rompimento da bolsa e as contrações podem facilitar a troca de fluidos entre mãe e bebê, portanto os médicos preferem evitá-los sempre que possível.

O bebê que é filho de mãe soropositiva recebe o AZT logo depois do parto. A medicação é iniciada nas primeiras duas horas após o nascimento e é mantida por pelo menos seis semanas, período em que não se sabe se o bebê foi infectado ou não.

Quando vou saber se o bebê foi infectado?
Toda criança cuja mãe é HIV-positivo nasce com anticorpos contra o vírus no sangue, por isso o teste tradicional não funciona bem. O bebê precisa ser testado para detectar o próprio vírus. Esse exame pode dar falso negativo na primeira semana (40% dos casos), mas após a segunda semana o resultado é correto em 90% dos casos.

Mesmo assim, só alguns meses depois é que dá para saber com certeza se a criança não foi infectada. Esses meses são necessários para os anticorpos transmitidos pela mãe desaparecerem do sangue do bebê.

Em todo o caso, os médicos vão dar medicamentos anti-retrovirais para o bebê nas primeiras semanas de vida.

Sou soropositiva. Vou poder amamentar?
Não. O Ministério da Saúde recomenda a suspensão total do aleitamento e a inibição da produção do leite materno. Isso pode ser feito pressionando os seios, com uma faixa ou um sutiã bem apertado, e com o auxílio de medicamentos, que serão prescritos pelo médico.

A política na maioria das maternidades é de nem permitir o aleitamento materno quando a mãe é HIV-positivo. A amamentação cruzada (por outra mãe) e a pasteurização do leite em casa também são contra-indicados pelos médicos.

Um comentário:

  1. Preconceito e falta de informação são alguns dos fatores que contribuem para o grande número de bebês infectados pelo vírus da aids

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